Assim, ao perceber que Inocêncio IV abre uma “brecha”, Clara se anima a escrever e é esta a redação que ainda hoje podemos conhecer. Nesta mesma época sua saúde começa a se agravar.
Em 1252 o Cardeal Reinaldo de Segni aprova a Forma de Vida de Santa Clara.
Em agosto de 1253 Clara se aproxima de seus últimos dias. Sua cama acha-se rodeada por suas Irmãs e filhas, que velavam, entre lágrimas, dia e noite ao seu lado. Elas não a queriam deixar sozinha nesses últimos momentos. No meio delas estava Santa Inês de Assis, a irmã de sangue de Clara que nesta época já tinha voltado definitivamente do Mosteiro de Monticelli, que também chorava inconsolada.
Vendo-a chorar, Santa Clara empregou todas as suas forças e falou: – “Minha querida Irmã, é da Vontade de Deus que eu me vá. Mas, não chores mais, porque você vai chegar diante do Senhor logo depois de mim. Ele lhe dará uma grande consolação antes de eu me separar de você” (realmente Santa Inês faleceu 15 dias após sua Irmã Santa Clara).
Vários Cardeais e Prelados a foram visitar. Permaneceu 19 dias sem se alimentar e, no entanto, Deus a revigorava com uma incrível fortaleza, fazendo-a confortar todos os que a visitavam.
No dia 09 de agosto, o Papa Inocêncio IV, vendo que o estado físico da santa já estava bastante abalado, finalmente mandou que apressassem a aprovação de sua Forma de Vida, a qual seria válida somente para São Damião.
No dia 10 de agosto, dia de São Lourenço, a Bula com a aprovação é entregue a Santa Clara, que a beija com profunda comoção. Foram anos e anos de luta até ver o seu ideal aprovado, ainda que apenas para o Mosteiro de São Damião.
Vontando-se para suas filhas em lágrimas, disse-lhes para nunca se afastarem da santa pobreza e para sempre louvarem a Deus por Seus benefícios. Abençoou-as, incluindo todas as Irmãs presentes e futuras, e a todos os seus devotos e devotas (ver “A bênção de Santa Clara” – página principal).
Depois, dirigindo-se a si mesma, falou baixinho: – “Vai segura, minha alma, pois você tem uma boa escolta para o caminho, porque Aquele que a criou e também santificou, a guardou como uma mãe guarda o seu filhinho, amando-a com terno amor. Bendito sejais, Senhor, porque me criastes!”
Uma das Irmãs que estava presente lhe perguntou com quem falava e Santa Clara respondeu: – “Falo com a minha alma bendita”. Logo após perguntou a uma das Irmãs: – “Você está vendo, minha filha, o Rei da glória que eu estou vendo?”
Então, uma Irmã teve uma visão. Olhando para a porta do quarto, viu entrar inúmeras virgens vestidas de branco. Todas tinham grinaldas de ouro na cabeça. No meio delas uma se destacava por seu brilho, de cuja coroa irradiava tanto esplendor que mudava a própria noite em luminoso dia dentro de casa. Essa virgem esplendorosa aproximou-se do leito onde Clara estava e, inclinando-se sobre ela com todo amor, deu-lhe um terníssimo abraço. As outras virgens de branco trouxeram um pálio de uma beleza maravilhosa e o estenderam sobre Santa Clara.
No dia seguinte, Santa Clara faleceu; foi receber o prêmio eterno; a coroa da imortalidade junto a Deus.
Nossa que vergonha! Não conseguir viver nem um pouquinho como Clara. Senhor dai-me a Graça de tentar imitá-la nem que seja só um pouquinho,sei que não sou digna de tanto Amor mais peço ao Pai que me dê forças para que possa faze-lo. Santa Clara Rogai por Nós!!!
A vida de Santa Clara foi uma lição para todos aqueles que se dedicam unicamente aos benéfícios financeiros esquecendo do principal que é o espírito puro em busa da solidariedade e amor ao próximo. Obrigado meu Deus por ter me abencoado nas horas mais difices de minha vida e obrigado minha querida Santa por ter me advogado junto a nosso Criador.