Num certo dia de verão, aproximadamente dois anos após Santa Clara ter ido morar no mosteiro de São Damião, faltou azeite para o tempero da comida das Irmãs; não havia nem mesmo um pouquinho para oferecer às Irmãs que estavam doentes.

Então Clara, que era mestra de humildade, pegou uma tijelinha e a lavou com suas próprias mãos. Depois, colocou a vasilha do lado de fora e chamou um dos frades, que servia ao mosteiro pedindo esmolas, chamado Bentevenga, para que pudesse conseguir um pouco de azeite junto à Cidade.

O frade apressou-se em atender ao chamado de Clara, mas quando chegou perto do vasilhame, encontrou-o cheio de azeite. A oração de Santa Clara, suplicando a Deus que lhes provesse o necessário, tinha chegado na presença de Deus antes que o dito frade pudesse atender ao pedido da santa. Assim, o religioso acreditando que o haviam chamado à toa, comentou baixinho: – “Essas mulheres me chamam por brincadeira. Eis que a vasilha está cheia!”

Todos ficaram surpresos e passaram a procurar quem havia feito tal coisa, mas não conseguiram descobrir o seu autor.

No Processo de Canonização de Santa Clara de Assis, as Irmãs dizem que simplesmente viram Clara levando para fora o vasilhame vazio e trazendo-o cheio, logo em seguida.