Arquivo de outubro 2006

Era o ano de 1226 e já haviam se passado vinte anos de sua conversão.

Francisco soube, por revelação divina, que a hora de sua morte se aproximava, por isso pediu que seus frades ficassem ao redor de si e abençoou-os um a um. Exortou-os a permanecer firmes no serviço do Senhor. Como estava hospedado na casa do bispo de Assis, que muito se preocupava com sua saúde, disse aos frades que desejava ir para Santa Maria da Porciúncula, onde começou a entender com perfeição o caminho da verdade. ... (continuação)

Share Button
Entre 1225 e 1226, quando São Francisco de Assis já estava quase que totalmente cego, doente e bem próximo da morte, compõe dois cantos: o “Cântico do Irmão Sol”, Precisamos entender a palavra “pobrezinhas” não com uma conotação negativa de “coitadinhas”, mas no sentido da pobreza abraçada por Francisco e Clara, por amor a Jesus Cristo pobre e obediente.


CÂNTICO DO IRMÃO SOL

Altíssimo, onipotente, bom Senhor,
Teus são o louvor, a glória, a honra
E toda a bênção.
Só a ti, Altíssimo, são devidos;
E homem algum é digno
De te mencionar.

Louvado sejas, meu Senhor,
Com todas as tuas criaturas,
Especialmente o senhor irmão Sol,
Que clareia o dia
E com sua luz nos alumia
E ele é belo e radiante
com grande esplendor:
De ti, Altíssimo, é a imagem.

Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Lua e as Estrelas,
Que no céu formaste claras
E preciosas e belas.
... (continuação)

Share Button
O ano de 1224 é marcado pelo sofrimento da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo nas vidas tanto de são Francisco quanto de Santa Clara. Neste ano Francisco recebe os estigmas no monte Alverne e Santa Clara passa a estar mais frequentemente adoecida. Poderíamos dizer que suas vocações se unem na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. São dois corações movidos pelo mesmo amor a Deus, que se fez pobre, pequeno e desprezível para nos salvar.

Dois anos antes de sua morte, Francisco dirigiu-se para o monte Alverne a fim de se dedicar ainda mais à oração e ao jejum. Certo dia,inundado do seráfico amor de Deus desejou ser crucificado como Cristo. Estava próximo da festa da Exaltação da Santa Cruz e eis que de repente São Francisco vê descer do alto do céu um serafim (um anjo) de seis asas brilhantes como fogo; mais brilhante do que qualquer luz que se possa imaginar.

Rapidamente o anjo se aproximou de Francisco, que pôde ver um personagem entre as asas: era um homem crucificado e preso à Cruz. Duas asas se erguiam por cima de sua cabeça e duas permaneciam dobradas para o vôo, enquanto que as outras duas ficavam sobre o seu corpo. Era o Cristo sob a forma de serafim. ... (continuação)

Share Button