CONTINUAÇÃO
Mas essa manifestação da glória de Deus no amor de Cristo que dá sua vida por nós na cruz tem conseqüências práticas para nós: “Jesus deu a vida por nós; por isso nós também devemos dar a vida pelos irmãos” (1Jo 3,16). Também o hino citado por Paulo na 2ª leitura está num contexto semelhante: Jesus esvaziado como escravo e exaltado como Senhor é o exemplo dos que se reúnem em seu nome, para que considerem os outros mais importantes que a si mesmos e tenham em si o mesmo pensar e sentir dele (2,1-5).
O canto da entrada lembra Gl 6,14: “Que eu me glorie somente na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. As palavras seguintes, “o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (v. 15), alimentaram entre os cristãos de antigamente um desprezo pelo mundo. Não é, contudo, com desprezo da realidade terrestre que devemos olhar a cruz, mas como sinal de salvação. Para Paulo, para João, para nós, a cruz é sinal de salvação. Por isso, o mundo não tem mais o mesmo significado. Só conseguimos dar-lhe pleno valor na medida em que ele é marcado pela cruz de Cristo, o sinal da vida doada em amor até o fim.
(fonte: www.franciscanos.org.br – Do livro "Liturgia Dominical", de Johan Konings, SJ, Editora Vozes)
Deixe uma resposta