Santos Cariocas: Zélia e Jerônimo, pais de 13 filhos

sexta-feira, novembro 8, 2013

CONTINUAÇÃO

Vida de santidade

Jerônimo nasceu em Magé, na Baixada Fluminense, e Zélia Pedreira em Niterói. Casaram-se em 27 de julho de 1876, na Chácara da Cachoeira, no bairro da Tijuca. Ele era engenheiro civil e ela uma jovem letrada, com primorosa formação artística, literária e científica.

Após uma temporada em Petrópolis, o casal fixou sua residência na Fazenda Santa Fé, perto do Carmo do Cantagalo, na Província do Rio de Janeiro, pertencente à família Abreu Magalhães, onde os dois constituíram um autêntico lar cristão.

Na fazenda havia uma capela, onde inúmeras vezes ao dia o casal era visto rezando, assim como também seus escravos, que iniciavam o trabalho do dia sempre com oração conduzida por Jerônimo e Zélia no pátio da fazenda, pois o casal se preocupava muito com a vida espiritual deles. Por isso, incentivavam e promoviam a participação dos escravos nas missas, na catequese e nas confissões. Eles mesmos catequizavam os adultos e as crianças.

Os dois nunca trataram seus escravos como sendo suas propriedades. Na fazenda, eles viviam em liberdade e recebiam, inclusive, salário. O casal também construiu uma enfermaria para tratar dos escravos doentes.

Quando foi assinada a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, os escravos permaneceram residindo na Fazenda Santa Fé, pois junto com Jerônimo e Zélia sempre viveram e foram tratados como pessoas livres.

Desse santo e feliz casamento nasceram 13 filhos, quatro falecidos em tenra idade, tendo todos os demais (três homens e seis mulheres) abraçado diferentes ordens religiosas, dentre eles o frei franciscano José Pedreira de Castro, professor de ciências bíblicas que fundou em 1956 o Centro Bíblico e o curso de Sagrada Escritura por correspondência, cuja repercussão alcançou todos os estados da federação numa intensidade jamais prevista, tornando-se ele personagem histórico da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.

Em 1909, Jerônimo morreu em estado de santidade. Zélia foi cuidar de seu pai, cuja esposa havia falecido em 1901. Ela residiu com ele até sua morte, em 1º de novembro de 1913. A partir daí, Zélia concretizou um antigo desejo de se tornar religiosa, ingressando, então, no Convento das Servas do Santíssimo Sacramento, o Venite Adoremus, estabelecido em 1912, no Largo do Machado, no Rio de Janeiro.

Após vender todos os seus bens e doá-los aos mais necessitados e também à Igreja, cumprindo o que está no Evangelho, Zélia passou a ser chamada de irmã Maria do Santíssimo Sacramento, tomando o hábito para a vida religiosa em 22 de janeiro de 1918. No dia 8 de setembro de 1919, ela morreu em fama de santidade.

Reconhecimento público

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comentário(s)

  1. Irmã Cecidia Mendes disse:

    Querida Kátia, PAZ e BEM. Vc. nem imagina como o seu blog me ajuda, em muitas coisas. Agradeço a Deus de vc. existir, e do seu trabalho. Meu abraço

  2. fany moreira disse:

    Feliz em saber da beatificação de ZELIA e seu esposo JERONIMO, tenho o livro de ZELIA, que me foi presenteado por seu filho frei JOAO JOSE PEDREIRA DE CASTRO, quando esteve aqui em Teofilo Otoni-MG, por ocasiao do CONGRESSO BIBLICO EUCARISTICO em 1957, fiz curso BIBLICO com o mesmo recebendo certficado em 1958. amo ZELIA, tenho inumeras graças alcançadas por sua intercessao, principalmente…

  3. Maria de Fatima G. da Costa disse:

    Gostaria de saber um pouco mais sobre a vida deles eles são intercessores de qual causa?

  4. dida leal santos disse:

    gostaria de fazer parte deste blog PAZ E LUZ no seu caminho que JESUS E MARIA lhe abençoe AMEN

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