Para revelar o significado profundo da cura do cego, o quarto Evangelho recorda a frase de Jesus: Eu sou a luz do mundo (Jo 9, 5). Noutros lugares, em resposta às perguntas que as pessoas fazem, inclusivamente hoje, relativamente a Jesus: “Quem és tu?” (Jo 8, 25) ou “Quem crês que és? (Jo 8, 53), o Evangelho de João repete esta afirmação: “EU SOU”:
Eu sou o pão da vida (Jo 6, 34-48).
Eu sou o pão descido do céu (Jo 6, 51).
Eu sou a luz do mundo (Jo 8, 12; 9, 5).
Eu sou a porta (Jo 10, 7.9).
Eu sou o bom Pastor (Jo 10, 11.25).
Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14, 6).
Eu sou a videira (Jo 15, 1).
Eu sou rei (Jo 18, 37).
Eu sou (Jo 8, 24.27.58.
Esta auto-revelação de Jesus atinge o auge no diálogo com os judeus em que Jesus afirma: “Quando levantardes ao alto o Filho do Homem então conhecereis que EU SOU” (Jo 8, 27). O nome EU SOU é o mesmo que Yahvé, nome que Deus dá a si mesmo no Êxodo, expressão da sua presença libertadora entre Jesus e o Pai (Ex 3, 15). A repetida afirmação EU SOU revela a profunda identidade entre Jesus e o Pai. O rosto de Deus resplandece em Jesus de Nazaré: “Quem me vê, vê o Pai!” (Jo 14, 9).
(fonte: http://www.ordem-do-carmo.pt/index.php/lectio-divina.html)
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