Papa pede para trocarmos as fofocas e novelas por Deus

sexta-feira, fevereiro 20, 2015

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Neste tempo da Quaresma, ou seja, tempo de oração e penitência em preparação à Páscoa, precisamos intensificar a nossa vida de oração e de intimidade com a Palavra de Deus. Muitos dizem que não sabem rezar, não sabem o que falar com Deus. Por isso, neste artigo, deixamos que o próprio Papa Francisco, como um bom jesuíta que é, nos ensine a fazê-lo de maneira bem simples através do método ensinado por Santo Inácio de Loyola. Esta oração de contemplação é feita com o Evangelho utilizando a nossa imaginação. Com a prática e a perseverança vamos nos tornando bem próximos de Jesus. Sugiro que todos experimentem!

“O PAPA FRANCISCO EXPLICA COMO SE FAZ A “ORAÇÃO DE CONTEMPLAÇÃO”

  (o Papa Francisco refere-se ao trecho do Evangelho segundo São Marcos (Mc 5,21-43), que você encontrará no final deste artigo. Leia-o para aprender a contemplar.)

O Santo Padre explicou como se faz a oração de contemplação, pedindo que deixemos de lado um pouco as novelas e as fofocas para dialogar com o Senhor.

Fazer a oração de contemplação é simples, explicou o Papa: basta “pegar o Evangelho, ler e imaginar-me na cena, imaginar-me (com os olhos fechados) o que acontece e falar com Jesus, como me vem do coração”.

Segundo Francisco – que falava em sua homilia hoje na Casa Santa Marta –, a contemplação diária das passagens e histórias do Evangelho nos ajuda a ter a verdadeira esperança.

O Papa afirmou que é muito importante fazer a “oração de contemplação”, que só se pode fazer “com o Evangelho na mão”.

“Como fazer a contemplação com o Evangelho de hoje (Mc 5,21-43)? Vejo que Jesus estava no meio do povo, uma multidão estava ao seu redor. Neste trecho, a palavra ‘multidão’ é repetida cinco vezes. Ele não descansava nunca? Sempre com a multidão… Jesus passou a maior parte de sua vida na rua, com o povo… Uma vez só ele repousou: diz o Evangelho, Jesus dormiu em um barco, mas chegou uma tempestade e os discípulos o acordaram. Jesus estava continuamente com as pessoas. E olhando assim para Jesus, eu o imagino assim, o contemplo e lhe digo o que me passa pela cabeça”.

O Evangelho do dia diz ainda que Jesus nota uma mulher doente que, em meio à multidão, o toca. O Papa explicou que Jesus “não só entende a multidão, toca a multidão, sente o bater do coração de cada um de nós. Tem cuidado por todos, sempre!. E o mesmo acontece quando o chefe da Sinagoga lhe conta que sua filha está gravemente doente: Ele deixa tudo e se ocupa disso”.

Francisco continuou a imaginar o que acontece naqueles momentos: Jesus chega a casa, as mulheres choram porque a menina morreu; Jesus lhes tranquiliza e as pessoas zombam DEle. “Neste episódio – completou o Papa – se vê a paciência de Jesus”. E depois da ressurreição da menina, Jesus, ao invés de dizer “Força Deus”, lhes diz: “Por favor, deem comida para ela”. “Jesus tem sempre os pequenos detalhes diante de Si”.

“O que eu fiz, com este Evangelho, foi justamente a oração de contemplação: pegar o Evangelho, ler e imaginar-me na cena, imaginar-me o que acontece e falar com Jesus, como me vem do coração. E com isso nós fazemos crescer a esperança, porque temos e mantemos fixo o olhar em Jesus. Façam esta oração de contemplação. ‘Mas eu tenho tanta coisa para fazer!’…  Em sua casa, 15 minutos, pegue o Evangelho, um pequeno trecho, imagine o que aconteceu e fale com Jesus sobre aquilo. Assim o seu olhar estará fixo em Jesus, e não tanto na novela, por exemplo; o seu ouvido estará fixo nas palavras de Jesus e não tanto nas fofocas do vizinho, da vizinha …”.

“E assim – afirmou o Papa – a oração de contemplação nos ajuda na esperança. Viver da substância do Evangelho. Rezar sempre!”.

“Para olhar o Senhor, para conhecê-Lo, peguemos o Evangelho e façamos esta oração de contemplação. Hoje, por exemplo, procurem 10 minutos, 15, não mais do que isso, leiam o Evangelho, imaginem e digam algo a Jesus. E nada mais. E assim o seu conhecimento de Jesus será maior e a sua esperança crescerá. Não se esqueçam, mantendo o olhar fixo em Jesus. E por isso a oração de contemplação”.

(fonte: http://www.aleteia.org – Origem: Rádio Vaticano – O texto está em português de Portugal e sofreu pequenas modificações para um melhor entendimento)

EVANGELHO: Mc 5,21-43

“Naquele tempo, tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se-lhe aos pés, rogando-lhe com insistência: Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva. Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o.

Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue. Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais. Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto. Dizia ela consigo: Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada. Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada. Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: Quem tocou minhas vestes? Responderam-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te comprime e perguntas: Quem me tocou? E ele olhava em derredor para ver quem o fizera. Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade. Mas ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal.

Enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando: Tua filha morreu. Para que ainda incomodas o Mestre? Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: Não temas; crê somente. E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações. Ele entrou e disse-lhes: Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo. Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada. Segurou a mão da menina e disse-lhe: Talita cumi, que quer dizer: Menina, ordeno-te, levanta-te! E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados. Ordenou-lhes severamente que ninguém o soubesse, e mandou que lhe dessem de comer.”

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comentário(s)

  1. Ir.Li disse:

    Excelente artigo, e muito propício para o nosso tempo litúrgico que estamos vivenciando!

  2. neuza grando disse:

    Como diz Jesus e a oração é o nosso porto segura diante de tantos males que nos cerca neste mundo. Sempre que rezamos estamos dando mais um passo ao encontro de Jesus, precisamos sempre contemplar o rosto de Jesus para poder alcançar a paz interior e , através de seu amor que nos acalma e protege e apesar de tudo nos ama com amor incondicional. paz e bem a todos Deus vos abençoe. sempre.

  3. Celeste disse:

    Gostei muito que o Papa partilhasse connosco de uma maneira simples a Oração-Contemplação.
    É mais uma ajuda neste tempo tão propício à oração.
    Obrigada,
    Celeste

  4. sandra disse:

    este homem possui uma santidade,ser tao humilde e ao mesmo tempo tao grandiosso,como nos ajuda com suas palavras de sabedoria,para este tempo sem amor sem DEUS…..

  5. Filomena Cruz disse:

    Gostei imenso desta partilha, de amor, feita pelo Papa. Peço a Deus que me (nos) dê amor, força, para pegar o Evangelho e poder contemplar Jesus, através desta linda maneira de Oração. Que Deus nos abençoe.

  6. Dalisa Vianna disse:

    Muito importante o que nos ensina o Papa Francisco . Vamos fazer a Oracão-Contemplação diariamente.

  7. Teresinha Fernandes disse:

    Nestes tempos tenebrosos que passamos,no BRASIL e no mundo,só a ORAÇÃO e a certeza,de que com ELA acessamos JESUS,nosso amado IRMÃO,obteremos força para vencer o malígno e alcançarmos a PAZ com Justiça Social,sem mais guerras.

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