“153 grandes peixes…”

O Evangelista São João diz que foram pescados “cento e cinquenta e três grandes peixes”. Confira abaixo:

EVANGELHO Segundo São João – Jo 21,11 – “Depois disso, tornou Jesus a manifestar-se aos seus discípulos junto ao lago de Tiberíades. Manifestou-se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (que era de Caná da Galiléia), os filhos de Zebedeu e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe eles: Também nós vamos contigo. Partiram e entraram na barca. Naquela noite, porém, nada apanharam. Chegada a manhã, Jesus estava na praia. Todavia, os discípulos não o reconheceram. Perguntou-lhes Jesus: Amigos, não tendes acaso alguma coisa para comer? Não, responderam-lhe…

…Disse-lhes ele: Lançai a rede ao lado direito da barca e achareis. Lançaram-na, e já não podiam arrastá-la por causa da grande quantidade de peixes. Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: É o Senhor! Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, cingiu-se com a túnica (porque estava nu) e lançou-se às águas. Os outros discípulos vieram na barca, arrastando a rede dos peixes (pois não estavam longe da terra, senão cerca de duzentos côvados). Ao saltarem em terra, viram umas brasas preparadas e um peixe em cima delas, e pão. Disse-lhes Jesus: Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes. Subiu Simão Pedro e puxou a rede para a terra, cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes. Apesar de serem tantos, a rede não se rompeu. Disse-lhes Jesus: Vinde, comei. Nenhum dos discípulos ousou perguntar-lhe: Quem és tu?, pois bem sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e lhos deu, e do mesmo modo o peixe. Era esta já a terceira vez que Jesus se manifestava aos seus discípulos, depois de ter ressuscitado.” 

Este é o dado que temos. Aí começa a luta pela interpretação.

Em primeiro lugar, não existe problema nenhum em aceitar esse número, dito por São João, que foi pescador, e estava acostumado a contar quantos peixes haviam sido pescados…

Existem muitíssimas tentativas de conhecer o significado supostamente alegórico ou espiritual do número 153.

Tudo começa com São Jerônimo, o grande biblista, que disse que um estudioso grego, chamado Oppiano, em sua obra chamada “Halieutica”, teria escrito que havia 153 espécies de peixes conhecidas na época de Jesus. O problema é que atualmente nessa obra não consta esta informação. Talvez tenha sido problema de copistas.

Em segundo lugar, o número 153 de peixes poderia significar “a igreja do amor”.

Escrito em hebraico seria mais ou menos assim: qahal ha’ahabah. Cada consoante corresponde a um número.

Assim:

q = 100;

h (hei) = 5;

l = 30;

h(hei) = 5;

a(alef) = 1;

h(hei) = 5;

b = 2;

h (hei) = 5.

SOMANDO DÁ: 153

Podemos perguntar: – Mas quem disse que São João estava pensando nesses significados? Em todo o caso, estes questionamentos nos ensinam a aprender um pouco mais sobre a Bíblia.

Em terceiro lugar, teríamos um outro significado, vendo o número 153 como triangular de 17. Quer dizer:

3 X 17 = 51;

51 X 3 = 153

O número 17 estaria composto dos números 10 e 7;

O número 10 representa a PERFEIÇÃO;

O número 7 representa a TOTALIDADE;

O número 3 seria o símbolo de Deus.

Nesse caso, a Igreja seria justamente a totalidade e a perfeição, isto é, católica.

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(Observação do Canto da Paz: O que é um número triangular? É todo número que é a soma de uma seqüência a partir do número 1. Por exemplo:

Se somarmos 1 + 2 + 3 + … até o número 17, teremos o número 153. Por isso dizemos que 153 é o triangular de 17.

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Em quarto lugar, outros estudiosos observam o número 50, que representaria a comunidade ou as suas lideranças (partindo dos chamados grupos de 50 em João 6,53-58) multiplicados pela presença de Deus e mais as três pessoas divinas: 50 X 3 + 3.

O número 3 seria o símbolo da divindade, conforme Gênesis 18,2 (os três homens que representam Deus) e Isaías 6,3 (santo, santo, santo). Neste caso, a Igreja seria formada de grupos animados pela presença de Deus.

Concluindo, a imaginação pode pensar em muitas outras coisas. Mas a fé católica é construída com realidades que existem e não com subjetividade. Tudo que há na doutrina católica é real, verdadeiro, confirmado.

(fonte: https://blogdopadrealdo.wordpress.com/ – autor: Padre Aldo – O texto sofreu pequenas correções para uma maior clareza, sem alterar o seu significado)

PARA ENTENDER MAIS:

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