Hoje, dia 3 de julho, a Igreja no Brasil celebra em sua liturgia a Solenidade de São Pedro e São Paulo, colunas da Igreja. A memória dos santos mártires, dois grandes pilares da fé cristã, é recordada em 29 de junho, data em que o mundo inteiro também comemora o Dia do Papa e, reverentemente, pede ao Senhor da messe e pastor do rebanho as luzes necessárias para que o sucessor do apóstolo Pedro, hoje o Papa Francisco, continue firme apascentando as suas ovelhas e confirmando-as na fé em comunhão com o Colégio Universal dos Bispos. No Brasil, no entanto, esta data é adiada para o primeiro domingo após o dia 29 de junho.
No capítulo 16 de Mateus, versículos 18 e 19, Jesus pronuncia a declaração solene que define o papel de Pedro na Igreja: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. A ti darei as chaves do Reino dos Céus; o que ligares na Terra será ligado no céu, e o que desligares na Terra será desligado nos céus”. E dentro deste contexto, Jesus deixa à Igreja um pastor que “fizesse as suas vezes” na Terra. Ele construiu uma estrutura sólida, a fim de que os fiéis mantivessem a unidade da fé e não se perdessem. Nas palavras de Pio XII, “o divino Redentor governa o seu corpo místico de modo visível e ordinário por meio de seu vigário na Terra”.
Desde 19 de março de 2013 como sucessor de Pedro, Papa Francisco tem levado à frente o que afirmou em seu discurso de posse – “Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros e guardar a criação. Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu. Não devemos ter medo da bondade e da ternura. Quem serve com amor é capaz de proteger” –, sendo um Pontífice que nos exorta a “não esquecermos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé e abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: “quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46)”.
Com pouco mais de dois anos como vigário de Cristo, Papa Francisco vem revelando as marcas de seu pontificado: simplicidade, humildade, exortação à ‘cultura do encontro’, a uma ‘Igreja em saída’. Um Papa preocupado com os mais pobres e ao diálogo com todos os credos, e mais recentemente, um pontífice que, inspirado pelo Espírito Santo de Deus, orienta o mundo para a necessidade de uma ‘Ecologia Integral’ com a encíclica ‘Laudato Si’, dentre outros assuntos importantes para a evangelização e a promoção da humanidade.
Com atitudes que quebram o protocolo do Vaticano e surpreendem muitas vezes até os católicos, Papa Francisco também tem conseguido fortalecer a confiança na Igreja Católica, em especial, entre os jovens de 18 a 24 anos, segundo um estudo divulgado este ano pelo Instituto Italiano de Estudos Políticos, Econômicos e Sociais (Eurispes).
Ao celebrar os santos Pedro e Paulo, a Igreja no Brasil se une ao Papa Francisco e à Diocese de Roma, onde essas duas admiráveis testemunhas de Cristo sofreram o martírio e onde se veneram as suas relíquias. Esta data celebrativa em homenagem também ao Papa faz com que estejamos cada vez mais unidos ao pontífice, que desempenha um serviço único e indispensável à Igreja universal e é sinal visível da unidade. Aos fiéis do mundo inteiro, em especial aos da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, cabe, nesta data especial, fazer aquilo que o Santo Padre sempre solicita no final da maioria de seus pronunciamentos: “rezai por mim” (ou rezar por ele).
(fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/3284/dia-do-papa – Foto: Rádio Vaticano)
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