Os biscoitos da vovó
“Lembro-me que no Carnaval, quando éramos pequenos, a vó fazia biscoitos com uma massa bem fina. Ela a jogava no óleo e ela inchava, crescia… mas quando começávamos a comer, víamos que o biscoito era vazio… a vó dizia ‘são como as mentiras: parecem grandes, mas não têm nada dentro, nada de verdade; não têm substância’. Jesus nos diz: ‘Fiquem atentos, guardem-se do fermento ruim, o dos fariseus’. E qual é? A hipocrisia. Protejam-se bem do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”.
A hipocrisia – prosseguiu o Papa – é quando se invoca o Senhor com os lábios, mas o coração fica distante dele:
Hipocrisia, esquizofrenia espiritual ou nominalismo existencial
“É uma divisão interna, a hipocrisia. É quando se diz uma coisa e se faz outra. É uma espécie de esquizofrenia espiritual. O hipócrita é um simulador: parece bom, gentil, mas tem um facão dentro de si! É como Herodes: com quanta cortesia havia recebido os Reis Magos! E depois, no momento de se despedir, diz: ‘Vão, mas voltem, e me digam aonde está o menino, para que eu vá adorá-lo’. Para matá-lo! O hipócrita tem duas caras! Jesus, falando destes doutores da lei, diz: ‘Estes dizem e não fazem’: uma outra forma de hipocrisia; um nominalismo existencial: quando acreditam que, dizendo as coisas, se faz tudo, mas não. As coisas devem ser feitas e não só ditas. E o hipócrita é um nominalista; acha que falando, se faz tudo. O hipócrita é também incapaz de se auto acusar. Nunca vê uma mancha em si mesmo; acusa os outros. Pensemos no cisco e na trave… e assim podemos descrever este fermento, que é a hipocrisia”
(fonte: http://arqrio.org/noticias/detalhes/4969/papa-dizer-sempre-a-verdade-para-nao-cair-na-hipocrisia)
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