Menino de Cabo Frio que fez o Papa chorar
VEJA NO FINAL DESTE ARTIGO, UMA REPORTAGEM COMPLETA COM O MENINO
Quem acompanhou a Jornada Mundial da Juventude se emocionou com a iniciativa bem sucedida de um menino de apenas nove anos, que conseguiu furar o cerco da segurança e se viu nos braços do Papa Francisco.
Esse garoto admirável é de Cabo Frio, morador do bairro Jd. Caiçara e chama-se Nathan de Mello Brito. Uma oportunidade rara de abraçar, beijar e falar com exclusividade ao Pontífice, que lhe respondeu com atenção. E desde então, tudo mudou. O menino virou celebridade, mesmo sem gostar da ideia:
– Eu não sou celebridade – disse ele. A estrela é Jesus e o Papa, eu não – respondeu desconcertando a repórter.
Mas o que então disse ele ao Papa, naquele momento exclusivíssimo:
Eu disse pra ele que eu quero ser padre – explicou. E segundo Nathan, Francisco I o respondeu de forma ainda mais surpreendente:
– Ora por mim que eu oro por você – pediu o mais importante padre da Igreja Católica, de forma despretensiosa, ao ouvido desse garoto cheio de atitude.
Ao deixar a conversa pública, vista pelo mundo inteiro, Nathan chorou copiosamente com as mãos no rosto. O Papa viu e foi às lágrimas, fato testemunhado pelos seguranças que o protegiam. Uma cena que emocionou até o mais cético dos ateus. Como explicar essa emoção?
A mãe, Ana Paula de Mello Brito, de 35 anos, uma católica praticante que frequenta missas diariamente, a fé é a explicação:
– Pedi a N. Sra Aparecida que o Papa visse meu filho nessa multidão. Eu estava com uma pequena imagem dela nas mãos quando o papamóvel se aproximava e então eu pedi com fé – confessou a mãe devota da santa.
Tamanha devoção começou antes dele nascer, aliás, o nascimento do menino esperto e decidido, segundo disse, foi uma graça alcançada depois de uma promessa:
– Tive toxoplasmose. Sonhava engravidar, mas a doença me impedia. Sempre que via uma grávida pedia a Deus que me abençoasse com essa graça. Fiz uma promessa para ela (N.Sra. Aparecida) e um ano depois eu engravidei de Nathan. Quando ele nasceu, com apenas cinco meses, eu o levei à Basílica de Aparecida (Aparecida do Norte – S.P), onde fiz a travessia da passarela ajoelhada, com ele no carrinho, para ela o abençoar e pagar minha promessa – disse Ana, esclarecendo que o nome significa presente de Deus, uma escolha proposital.
Mas quem pensa que o pequeno Nathan foi tomado pela empolgação, engana-se. O menino disse que antes de estar com Papa, já desejava ser do sacerdócio:
– Quero ser padre desde os meus sete anos de idade. Depois que eu falei com ele eu tive certeza no meu coração. Foi muito emocionante, por isso eu chorei demais. Tocou fundo meu coração – repetia.
Sobre as tantas mudanças depois desse gesto, como está a vida?
– Foto, entrevista, todo mundo fala comigo. E aumentou minha responsabilidade também – declarou num tom inusitadamente precoce.
Responsabilidade? Como assim? (quis saber mais).
– Agora tenho que ser um menino melhor. Não posso ser malcriado e ser mais amigo – respondeu com a ajuda do "paidrasto", ressaltando que já é um bom amigo.
Para Aguinor Carlos de Oliveira, de 50 anos, o "paidrasto" também católico fervoroso, o sacrifício de acampar duas noites seguidas, valeu a pena:
– Ficamos sábado e domingo dormindo no calçadão da praia em saco de dormir. Passamos frio, ficamos muito cansados, foi bastante difícil, mas valeu a pena. Estou muito feliz – comemorava.
(fonte: http://reporterrenatacristiane.blogspot.com.br/2013/07/menino-de-cabo-frio-que-fez-o-papa.html)
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