No dia 28 de novembro de 2014 partiu para a Casa do Pai, aos 84 anos, de uma forma súbita, um grande amigo: Frei Agostinho Salvador Piccolo, ofm. Dia 28 de novembro, véspera da Celebração de Todos os Santos da Ordem Franciscana, dentro deste ano dedicado à Vida Consagrada, um grande amigo se foi.
Frei Agostinho era frade franciscano menor, da Província da Imaculada Conceição e vivia atualmente na Comunidade de Bragança Paulista, São Paulo, Brasil.
Sua vida foi marcada pela alegria, bom humor, delicadeza e atenção no trato com as pessoas, amor por uma liturgia bem preparada e ternura para com os jovens e crianças.
Deus deu-me a imensa graça de conhecê-lo em 1978, há 36 anos atrás, quando eu ainda estava no antigo primeiro grau escolar. Frei Agostinho era o Capelão do Colégio de religiosas, onde eu estudava. Sempre celebrava a Missa das 7:30h no Colégio. Aos poucos tornou-se impossível não dar uma entradinha na Capela, antes de ir para a sala de aula, para vê-lo no altar. Sua piedade e compenetração durante a Santa Missa chamavam a minha atenção de criança. Transformava-se quando subia os degraus do altar. Muitos anos depois conversamos sobre isto e ele me falou que se lembrava de me ver entrando de mansinho na igreja, ficando uns minutos em oração e depois saindo.
Nessa época de criança Deus me parecia Alguém distante, inatingível e, talvez até, castigador. Os padres e freiras eram, na minha cabeça infantil, pessoas rigorosas, zangadas e disciplinadoras (devo confessar que esperneei bastante quando, em 1977, a minha mãe me avisou que iria estudar em um Colégio de freiras). Mas, aquele frade “diferente”, falante com os jovens e no meio deles, delicado nos gestos e nas palavras, cativante, mudou aos poucos o meu modo de pensar. Fiquei intrigada ao ver que um padre podia ser alguém normal, brincalhão, cativante. Esta descoberta nunca mais terminou e, depois de 1978 – quando nos conhecemos e conversamos – nunca mais perdemos o contato, mesmo diante das várias transferências que o Frei Agostinho sofreu. Sempre nos falávamos por telefone, por e-mail, por cartas e, também quando possível, pessoalmente.
Agora, depois de 36 anos de convivência, amizade e companheirismo na caminhada católica, religiosa e franciscana, o Frei partiu sem aviso prévio. Quem ficou por aqui, ficou com um vazio imenso, que jamais será preenchido… Um amigo desta grandeza jamais será esquecido. Será amigo por toda a eternidade.
Só me resta, querido frei, agradecer muitíssimo a Deus pela sua vida, por ter traçado as nossas vidas de modo a que elas se cruzassem naquele bendito ano de 1978. Peço que Ele o tenha num eterno abraço, bem apertado, ao lado da Santíssima Virgem Maria, de nossos Pais São Francisco e Santa Clara, a quem o senhor tanto amava. Frei, obrigada por tudo o que o senhor fez por mim e por seu testemunho de amor pela Igreja, pelo Santo Padre, pela Ordem e pela vida consagrada. Deus o tenha na Sua Glória!
FREI AGOSTINHO – HOMILIA DOS 100 ANOS DA PARÓQUIA DE SANTO ANTÔNIO DO PARI – SÃO PAULO
(Frei Agostinho era vocação desta Paróquia)
QUE DEUS O TENHA, NA GLORIOSA MANSÃO DE SEU GENEROSO CORAÇÃO. D.E.P.
Adeus, amigo santo, inteligente, prestativo, elegante, amado, gentil, e mais todas as virtudes que se possa encontrar. SAUDADE!
Que Deus o tenha em seu Reino juntamente com a Virgem Maria
Frei Agostinho era muito especial, era uma pessoa linda. O conheci quando eu era criança, e suas palavras de Fé nunca mais saíram do meu coração, isto já faz mais de 30 anos, no Colégio Senhor Bom Jesus em Curitiba Seus ensinamentos ficarão para sempre em minha memória. Que Deus o tenha. Saudade!!