Neste 4º Domingo da Quaresma (Ano A), chamado também de Domingo da Alegria, temos o evangelho do cego de nascença. Para aqueles que não sabem, hoje os sacerdotes (nos seus paramentos (vestes)) e a Igreja se revestem da cor rosa. Esta cor é um meio termo entre o roxo da penitência da quaresma e o branco da alegria da Páscoa. É sinal de que a Páscoa já se aproxima, quando Jesus venceu a morte e nos redimiu para sempre. Por este motivo, é também chamado de Domingo da Alegria (Domingo Letare, em latim) ou Domingo Rosa.
Passemos a uma bela meditação sobre o evangelho deste Domingo:
“Cura do cego de nascença (João 9,1-41)
Este trecho tem como pano de fundo a festa das Tendas (cf. 7,2). Era uma celebração judaica realizada no outono, memória da peregrinação de Israel no deserto sob tendas (ou cabanas).
Uma grande quantidade de luz caracterizava essa solenidade, com fogueiras, tochas e luminárias, que envolviam a cidade de Jerusalém numa atmosfera extraordinariamente luminosa. A afirmação de Jesus: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (cf. Jo 9,12), liga-se, por um lado, com o simbolismo da festa e, por outro, prepara para o sentido profundo do episódio do cego de nascença.
Um outro traço importante desse quadro litúrgico: organizava-se uma solene procissão até a piscina de Siloé; o sumo sacerdote tirava daí a água lustral (com uma vasilha de ouro) que, depois, seria derramada sobre o altar do holocausto.
Prestemos atenção no cuidado com que São João diz que Jesus envia o cego para se lavar na piscina de Siloé, acrescentando: “Esta palavra quer dizer ‘o enviado’” (v.7). Para ser preciso, o termo Siloé, em hebraico, significa “aquele que envia, o mandante” (em referência à água); o evangelista interpreta o vocábulo no sentido passivo, em referência ao sentido messiânico do fato narrado. Santo Agostinho comentará, com um sutil jogo de palavras:
“Vocês sabem quem é o enviado: se Cristo não nos fosse enviado (missus) ninguém de nós teria sido desviado (dimissus), isto é, perdoado do pecado. Assim, o cego lavou seus olhos na piscina que significa ‘enviado’, isto é, foi batizado em Cristo”.
Digna de atenção especial é a série, progressiva e ascendente, dos títulos atribuídos a Jesus pelo cego de nascença: começa reconhecendo nele simplesmente alguém que faz milagres (v.16), depois um “profeta” (v.17), aquele que “é religioso e faz a sua (de Deus) vontade” (v.31), “que vem de Deus” (v.33).
A essa fase preparatória, em busca, segue-se o diálogo direto com Jesus (vv. 35-38). O cego é como um catecúmeno: está percorrendo um caminho que lhe abriu os olhos. Essa caminhada se realiza através de uma série de perguntas e respostas: “Crês no Filho do Homem?”, pergunta-lhe Jesus (v.35); e o cego vai além desse mesmo título, chamando-o de “Senhor” (Kyrios) e, no final, se ajoelha diante de Jesus para adorá-lo como Deus: “Creio, Senhor” (v.38). Delinearam-se claramente as etapas da fé, que é dom não imprevisto e fulgurante, mas pedagogia progressiva da parte de Deus que respeita ritmos e capacidade do homem ao atraí-lo para si.
Enfim, o tema do julgamento (Krisis), que confere a toda a narrativa um caráter dramático, uma tensão que exige uma opção: “Para um discernimento é que vim a este mundo” (v.39). O cego que abre seus olhos não somente para o mundo da natureza, mas também, sobretudo, para o de Deus, se vê rejeitado e ignorado pelos outros; Jesus recorda que existem “cegos” que se fecham na própria presunção e no próprio pecado (v.41). Diante da luz de Jesus, o mundo se divide. Cada um deve fazer a própria escolha: rejeitá-lo ou aceitá-lo, e viver em coerência com essa escolha.”
(fonte do texto entre aspas: www.miliciadaimaculada.org.br)
Moisés, Suas palavras foram muito bonitas, por isso elas já estão no ar. Esperamos que goste de nos visitar de vez e encontre sempre algo interessante para ler e ver. Também somos amigos do ecumenismo e de tudo o que representa um verdadeiro crescimento pessoal e espiritual. Um grande abraço nosso.
A cura do cego de nascença, me toca e me faz refletir, a graça de termos a visão, não apena a física, mas pricipalmente a espiritual.
O mundo seria tão diferente se as pessoas tirassem a venda dos olhos do coração e passassem a ver Jesus na face do irmão.
Que Deus tenha compaixão de nós e cure toda nossa cegueira.
Um abraço!!!
Muito agradavel ter algo sobre JESUS CRISTO, que possamos adguirir atraves de e-mail. Obrigado por existirem.
Parabéns o site ficou ótimo e é sempre bom ter um lugar abençoado na internet para vermos e participarmos.QUE A PAZ DE JESUS E O AMOR DE MARIA
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Paz e bem! Sou Franciscana Secular-OFS. Gostei deste site.Gostaria de recebe-lo por e-mail. abçs.
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ORAÇÃO: Senhor cura-nos,não só da cegueira física,mas a cegueira espiritual.Amém.Shalom.