Arquivo de ‘07. Orações, milagres e curiosidades de S. Francisco’

76.1 Pai dos pobres, o pobre Francisco queria viver em tudo como um pobre; sofria ao encontrar quem fosse mais pobre do que ele, não por vanglória mas por íntima compaixão.

(quadro de Belliniure)

2 Não tinha mais do que uma túnica pobre e áspera, mas muitas vezes quis dividi-la com algum necessitado.

3 Movido de enorme piedade, no tempo de muito frio, esse pobre riquíssimo pedia aos ricos deste mundo que lhe emprestassem mantos ou peles para poder ajudar os pobres em todas as partes.

4 E como eles o atendiam com devoção e com maior boa vontade do que a do santo pai aos lhes pedir, ele dizia: “Eu recebo isto com a condição de vocês não ficarem esperando devolução”. ... (continuação)

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(quadro de José Benilliure)

41 1 A doçura do amor de Deus enchera tanto a mente do bem-aventurado Francisco que, vendo em tudo a obra admirá­vel do Criador, dedicava a todas as criaturas uma afetuosa ternu­ra. 2 Entre as outras, porém, amava especialmente as ovelhinhas, porque via que eram de uma natureza mais simples e mansa e porque soubera que, por seu nome e por causa de alguma semelhança, na Sagrada Escritura elas são figura de Cristo.

3 Pois, certa ocasião, passando pela Marca de Ancona em companhia de Frei Paulo, que aí constituíra ministro (At 26,16), viu um grande rebanho de bodes e de cabras pastando num cam­po e só uma ovelhinha pastando no meio de todas aqueles animais. 4 Ao vê-la, comoveu-se muito e disse ao irmão: “Vês aquela única ovelhinha andando entre os bodes e as cabras? 5 Foi assim que Nosso Senhor Jesus Cristo, inocente, manso e humilde andou no meio de escribas, fariseus e príncipes dos sacerdotes. 6 Por isso, filho caríssimo, paguemos o preço e tiremo-la do meio (Sl 135,11) do rebanho das cabras”. ... (continuação)

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Outra vez, viajando o homem de Deus (São Francisco de Assis), com um frade companheiro, entre a Lombardia e a Marca de Treviso para pregar, à margem do Pó sobreveio a escuridão tenebrosa da noite.

Como o caminho estava exposto a muitos e grandes perigos por causa das trevas, do rio e dos brejos, disse o companheiro ao homem santo: “Pai, ora para que nos livremos dos perigos que nos ameaçam!”.

Respondeu-lhe o homem de Deus com muita confiança: “Deus tem poder, se aprouver à sua doçura, para dissipar a escuridão das trevas e nos dar o dom da luz”. ... (continuação)

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